quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

"Novatos ofuscam caciques no Senado" - Jornal O Globo destaca atuação da senadora Ana Amélia





BRASÍLIA - Numa Casa por onde passaram, em 2011, 40 ex-deputados federais, 36 ex-governadores e três ex-presidentes da República, um trio de senadores novatos conseguiu fazer diferença no Senado ano passado. Carimbados como "os independentes", o trio formado por Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Pedro Taques (PDT-MT) e Ana Amélia Lemos (PP-RS) conseguiu furar o cerco dos caciques e se destacar num ano fraco na política e para a oposição.
Um baixinho e outro com cara e voz infantis, Taques e Randolfe estudaram a fundo o regimento, conseguiram relatorias importantes e trabalho para o governo. Mais discreta e serena, mas com postura igualmente firme em relação ao governo, Ana Amélia, estrela do jornalismo gaúcho, também se sobressaiu com a ótima oratória e intervenções equilibradas.
Senador mais novo da história da República, Randolfe chegou ao Senado disputando a presidência com José Sarney. Teve só oito votos, mas ficou conhecido. Propôs e dirige a única CPI em funcionamento, a do Ecad. Está em comissões cobiçadas, como Constituição e Justiça (CCJ), Relações Exteriores (CRE) e Meio Ambiente (MMA), e é relator do Estatuto da Juventude. No debate do Código Florestal, teve voto em separado, dificultando a vida do governo. O Código será votado de novo pela CAS, mas Randolfe já trabalha pelo veto:
— Consegui colocar o código no colo da presidente na véspera da Conferência Mundial do Meio Ambiente. Ou ela veta ou passa por esse constrangimento.
Já assimilou o apelido de Harry Potter. Em duas ocasiões, foi barrado pela segurança do Senado ao tentar entrar vestido à paisana. Diz que o rosto de menino não o impede de se impor como senador, mas reconhece:
— Se eu tivesse a voz mais grossa, seria mais fácil. Recomendaram uma fono.

Fala serena e pontual
Nos últimos 30 anos como jornalista de economia e política em Brasília, Ana Amélia Lemos foi testemunha privilegiada dos bastidores de Brasília. No Senado, atua em cinco comissões, como Assuntos Econômicos e Agricultura. Destaca-se pelos discursos de fala serena e pontual:
- Falo com clareza. Depois de 40 anos como jornalista, temos que ser diferentes dos políticos. Sabemos o tema que está batendo no coração das pessoas.
Foi o que houve na crise do ex-ministro Antonio Palocci e ela, sendo de um partido da base, foi à tribuna pedir que a presidente Dilma Rousseff o afastasse e assinou pedido de CPI.
- Fui procurada por gente mais ligada ao Lula para me dissuadir. O Rio Grande do Sul não se surpreendeu. Mas o pessoal de fora, sim. O mesmo fiz no caso do ministro dos Transportes.
Na quinta passada, recebeu elogio público de Sarney pelo fato de, mesmo não sendo da comissão representativa do recesso, ter ido acompanhar o depoimento do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra.
Perguntada se no plenário está mais próxima do governo ou da oposição, a senadora é taxativa: de nenhum dos dois.
- Estou equidistante dos dois. A oposição não está sabendo aproveitar o momento. Tem posição panfletária e sem consistência. No depoimento do ministro Bezerra, não foram a fundo. Fazem sua firula e vão embora.
No primeiro ano como senadora, ela avançou na tramitação de projeto que fez com apoio do oncologista Paulo Hoff, que obriga planos de saúde a administrar em casa quimioterapia oral em pacientes com câncer, para evitar infecção hospitalar.
Pelo combate à corrupção, o trio de "independentes" foi, ainda, premiado com o Mérito Industrial Firjan/ABI/OAB.

Divulgação: Assessoria de Imprensa da Senadora Ana Amélia

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